Autoridades falam sobre problemas no transporte público de SP e RJ

O Fantástico mostrou o martírio dos passageiros que viajam nos vagões superlotados das duas maiores cidades do Brasil – São Paulo e Rio de Janeiro. Durante um mês, os repórteres circularam de trem e mostraram o sufoco diário.

A Supervia promete investir R$ 2,1 bilhões até 2018 e diz que o governo do Rio de Janeiro comprou 120 novos carros que entraram em operação no ano passado. Em São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que até 2015 deve investir quase R$ 9,5 bilhões. Nos últimos oito anos a empresa comprou 105 trens e acaba de encomendar mais 65 composições.

Flagrantes gravados nesta segunda-feira (27) mostram a demora na chegada do trem no Rio. A Supervia explicou que os atrasos ocorreram porque houve furto de cabos de sinalização perto de uma das estações e os técnicos precisaram fazer reparos.

“Estamos perdendo R$ 90 bilhões por ano o que dá aproximadamente 2,5% do Produto Interno Bruto brasileiro. Uma perda que decorre de uma comparação entre o que poderia ter sido produzido se o trabalhador chegasse descansado em boas condições ao trabalho e a produção que efetivamente ocorre quando o trabalhador chega cansado, irritado depois de um deslocamento de má qualidade e por muito tempo”, explica Helio Mattar, do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

Sem falar no desrespeito às normas internacionais de segurança. A lotação máxima dos três é de seis pessoas por metro quadrado. “A gente conseguiu observar em algumas cenas a contagem de 8 a 9 pessoas por metro quadrado. Nesta condição qualquer elemento de perturbação tem uma grande possibilidade de machucar muitas pessoas por pisoteio ou compressão contra as paredes do trem”, alerta o especialista em gerenciamento de risco/Coppe-UFRJ Moacyr Duarte.

(Fonte: G1)